Introdução

Nesta publicação, pretendemos demonstrar que a leitura literária, na educação infantil, desde a mais tenra idade, se constitui numa ferramenta para assegurar às crianças, como atores sociais que são sua inclusão na nossa cultura escrita . Apresentarmos um pouco dos vários conceitos, práticas educativas e aspectos metodológicos que ajudam as professoras a construírem autonomamente sua própria prática.

Metodologia

O presente trabalho tem por finalidade de expor uma tarefa da disciplina de Fundamentos e metodologias da língua portuguesa da Faculdade de Educação com o tema leitura literária e por se tratar de um curso voltado para a educação infantil o direcionamento foi para esta área. A partir de análise teórica de algumas produções textuais e pesquisas na internet sobre o assunto surgiram as perguntas: A leitura literária tem seu lugar assegurado no espaço da escola? As professoras desempenham o que as leis como a LDB, PNC, RICNEI determinam? As professoras estão preparadas para exercer a função de mediadoras para a formação desse novo leitor? Ao final de algumas leituras ficou uma lacuna a ser respondida. E estas são questões que só o tempo irá responder.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Fundamentos Teóricos


O que é ler? Jean Foucambert
O que é ler?É difícil responder a esta pergunta sem cair em armadilhas. Os primeiros trabalhos advêm no inicio do século XX que têm contribuição de várias disciplinas. Uma primeira definição de leitura está no comportamento do leitor na coordenação do movimento do olhar da esquerda para direita e interrompe para a troca de linha a essa atividade associasse a suas experiências passadas, e os percebidos no texto se dá a compreensão do conteúdo. O olho percebe conjuntos de signos compreendidos no texto escrito e capta a informação pela a natureza da ideovisual. Ocorrendo um conjunto de mecanismos como a fala interior que é um mecanismo aleatório, o deciframento,o reconhecer ou compreender etc. O deciframento é fácil quando sabemos ler mas no caso da pessoas que não sabem ler as palavras tornam difíceis de serem decifradas (como caso das crianças nas series iniciais e mesmo ao lermos um texto que não faz parte de sua área acadêmica ).O leitor tem na memória milhares de palavras escritas,o que o permite associar as formas escrita no texto lido que denomina identificação.O contexto ,a natureza das ultimas palavras conduz a antecipação.Uma criança só pode aprender a ler desenvolvendo estes mecanismos e só podemos ajuda-la mediando esta intervenção.
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A ESCOLARIZAÇÃO DA LEITURA INFANTIL E JUVENIL




Esse livro é uma série de ensaios que versam a problemática da escolarização da Literatura. Traz muitas reflexões a cerca do tema. Apresenta perspectiva que pressupõem algumas possibilidades de atuação dos sujeitos mediante o discurso pedagógico, nas práticas de leitura. É inaugurado por Magda Soares com o texto A Escolarização da Literatura Infantil e Juvenil. Ela expõe duas perspectivas para analisar a relação que existe entre o processo de escolarização e a leitura infantil. Na primeira analisa-se o processo pelo qual a escola toma para si a literatura infantil, escolarizando-a, didatiza-a, pedagogiza-a, para atender seus próprios fins. (SOARES, p.17). Assim a literatura torna-se escolarizada. Na segunda, analisa-se o processo pela qual uma literatura é produzida para a escola e com objetivos escolares busca-se literatizar a escolarização infantil. Esses termos "literatura escolarizada" e  "literatização escolar" constituem-se no didatismo,considerados  inadequado dados às obras literárias dentro do ambiente escolar, também pela visão de que a literatura, sobretudo a infantil e juvenil, é apenas mais um objeto do ensino pedagógico. Magda ressalta, que que esse termo geralmente tem sentido depreciativo, o que acredita que não deveria ocorrer, já que esse processo é inevitável. Dentro desse processo  distingui-se uma forma adequada e outra inadequada: adequada seria aquela escolarização que conduz de forma eficaz às práticas de leitura literária no âmbito social e às atitudes que proporciona  a formação do leitor., a inadequada é aquela , escolarização que afasta o leitor das práticas literárias. Diante dessa escolarização não há como evitar às criticas a escolarização da literatura, porém, se faz necessário  a negação a inadequada escolarização dada à arte literária. Magda conclui  que se faz necessário encontrar uma maneira que seja apropriada para trabalhar essa prática.

SOARES, Magda. A Escolarização da Leitura Infantil e Juvenil. In: A Escolarização da Leitura Literária:
O Jogo do Livro Infantil e Juvenil. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.


            LITERATURA NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO



Considerando a importância da Literatura Infantil na formação do indivíduo e no desenvolvimento da aprendizagem durante a infância, ressalta-se a diferenciação entre ela ser utilizada como instrumento de desenvolvimento da aprendizagem e como aparato para alfabetização, pois este último é o modo mais habitual trabalhado na escola.

A literatura infantil é uma ferramenta fundamental na constituição do leitor. Mas quando utilizada de forma maçante e com um único intuito de alfabetizar, pode provocar sérios danos à formação do individuo e a sua capacidade de interpretação seja literária ou da leitura de mundo.  Assim a literatura tem um papel formador de personalidade, de forma negativa ou positiva, no individuo; ela pode ser o retrato da sociedade, como pode servir de modelo para a construção da mentalidade de uma nova sociedade. A literatura é um instrumento poderoso de instrução e educação. Esta posta nos currículos como um equipamento intelectual e afetivo.

A infância se caracteriza por ser o momento fundamental e primordial da aquisição da formação de conceitos e a literatura infantil um instrumento importante, sendo desse modo um meio de emancipação da manipulação da sociedade

Por isso cabe ao educador saber utilizar bem esse instrumento, de forma consciente analisando os livros e questionar-se se esta percebendo as ideologias presente neles. Sendo que o próprio livro gera conflitos dentro do âmbito escolar.
 No que se refere à formação de leitores, a escola tem falhado em desenvolver o lado lúdico da leitura. Essa falha contradiz as propostas pedagógicas em alta; que apresentam uma educação transformadora e criativa. Para que tais propostas pedagógicas tenham êxito é necessário que investimentos da escola e do professor em formar leitores e que para tal se trilhe o caminho do caráter lúdico da literatura infantil.
O professor deve ter claro que a literatura é ludismo, fantasia, imaginação e questionamento e que esses fatores estarão enriquecendo o ato de ler. E que essa qualidade revelam a literatura com uma forte aliada do professor, para levar o aluno a compreender o mundo real, assim como o aprendizado seja ele escrito ou oral. Compreender a importância da literatura e administra-la bem aos alunos; leva o professor a executar uma proposta transformadora da educação.
A literatura infantil quando desenvolvida com a função do lúdico; interage na formação do individuo por si própria, pois a literatura traz o recorte do real, explicitado segundo o olhar do autor e composta dos significados da cultura que a compõem. Realizando o processo de transformação no interior do individuo, assim como age na função de equilibrar os conceitos que aleatoriamente ele vai adquirindo pela sua leitura do ambiente em que vive. Ela reorganiza conceitos, ora sugere ou discorda, apresenta culturas até então desconhecidas pelo leitor.
Saber identificar textos cativantes a universo infantil, também é uma arte, a qual só se alcança penetrando nesse mesmo universo, se o educador não lê, não busca descobrir a imensidão de literaturas que existe, não terá instrumentos e nem argumentos para trabalhar com seus alunos. 
Cabe aos educadores já em atuação, como os que ainda encontram-se em formação utilizar literaturas infantis; na sala de aula, promovendo matéria-prima para a formação do individuo, ainda em sua infância. Seguindo um processo de seleção, deve-se mostrar também aos alunos, as literaturas que corrompem, manipulam e alienam a sociedade, e lhe explicar como isso pode acontecer. Revelar a intenção da literatura aos indivíduos em formação sedentos do novo, do interessante, do prazeroso, faz com que o interesse pela literatura se torne uma necessidade, assim como é necessário o alimento para o corpo.
Assim naturalmente esse indivíduo vai formando em si conceitos, significados do real expresso no mundo da fantasia, moldando seu caráter, sua cultura, seu eu, de forma equilibrada, tornando-se perceptível a realidade sem deixar de vislumbrar um futuro imaginário, porém possível de se realizar. E à medida que isso ocorre o processo de humanização do indivíduo; paralelamente o processo de aprendizado escolar. Surtindo efeitos positivos nas demais áreas e disciplinas. Faz se então necessária à devida atenção dos educadores a literatura infantil, em sala de aula e deste modo formando o indivíduo em seu sentido mais amplo como ser humano.


RISSO, SUZANA APARECIDA “A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO;DURANTE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM” - UNIOESTE-2008.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Jogo do Livro e o Ceale


                                                Jogo do livro e  o Ceale         

      Jogo do livro evento bianual promovido pela iniciativa do Grupo de Pesquisa de Letramento Literário (GPELL),vinculado ao Centro de Alfabetização,Leitura e Escrita (Ceale)no ano de 2011 contou com a participação do III Fórum  ibero-americano de  Letramento e Aprendizagem.No IX episodio , do referido ano,a mesa de abertura contou com a presença das pesquisadoras da Faculdade de Educação (FaE) Maria Cristina Gouvêa, Maria Lúcia Castanheira, Célia Abicalil Belmiro e Francisca Maciel e com as convidadas internacionais Maria de Lourdes Dionísio, de Portugal, e Estela D’Ângelo, da Espanha.Nestes encontros há troca de experiência sobre pesquisas voltada para a educação e seus  profissionais . São temas importantes como Jogo do Livro Infantil: Encontro de trabalho e algazarra (1995), Jogo do Livro Infantil e Juvenil No fim do século (1999), jogo do Livro: Letramento Literário (2001), jogo do Livro de 2003 abordou discussões levantadas pela pesquisa "Letramento Literário no Contexto da Biblioteca Escolar", No sexto jogo do livro em 2005 com tema Culturas, conhecimentos, linguagens, com o tema As escolhas em Jogo (2007),o evento de 2009 o tema foi A tela e o livro,em 2011 com a pergunta “Onde está a literatura?”.Todos os eventos contou com a apresentação  de pesquisas voltada para a literatura literária ou tem relação com o tema.O blog Universo literario indica para os professores e outros interessados em aprofunda  sobre literatura literaria  acesse o site do Ceale www.ceale.fae.ufmg.br/  e clice em Jogo do livro.  


terça-feira, 19 de junho de 2012

Texto do Bartolomeu Campos de Queirós 




 

O livro é passaporte, é bilhete de partida


            Desconheço liberdade maior e mais duradoura do que esta do leitor ceder-se à escrita do outro, inscrevendo-se entre suas palavras e seus silêncios. Texto e leitor ultrapassam a solidão individual para se enlaçarem pelas interações. Este abraço a partir do texto é soma das diferenças, movida pela emoção, estabelecendo um encontro fraterno e possível entre leitor e escritor. Cabe ao escritor estirar sua fantasia para, assim, o projetar seus sonhos.
            As palavras são portas e janelas. Se debruçamos e reparamos, nos inscrevemos na paisagem. Se destrancamos as portas, o enredo do universo nos visita. Ler é somar-se ao mundo, é iluminar-se com a claridade do já decifrado. Escrever é dividir-se.
            Cada palavra descortina um horizonte, cada frase anuncia outra estação. E os olhos, tomando das rédeas, abrem caminhos, entre linhas, para as viagens do pensamento. O livro é passaporte, é bilhete de partida.
            A leitura guarda espaço para o leitor imaginar sua própria humanidade e apropriar-se de sua fragilidade, com seus sonhos, seus devaneios e sua experiência. A leitura acorda no sujeito dizeres insuspeitados enquanto redimensiona seus entendimentos.
            Há trabalho mais definitivo, há ação mais absoluta do que essa de aproximar o homem do livro?
            Experimento a impossibilidade de trancar os sentidos para um repouso. O corpo vivo vive em permanente e vários níveis de leitura. Não há como ausentar-se, definitivamente, deste enunciado, enquanto somos no mundo. O corpo sabe e duvida. A dúvida gera criações, enquanto a certeza traça fanatismo.
            Reconheço, porém, um momento em que se dá o definitivo acontecimento: a certeza de que o mundo pessoal é insuficiente. Há que buscar a si mesmo na experiência do outro e inteirar-se dela. Tal movimento atenua as fronteiras e a palavra fertiliza o encontro.
             Acredito que ler é configurar uma terceira história, construída parceiramente a partir do impulso movedor contido na fragilidade humana, quando dela se toma posse. A fragilidade que funda o homem é a mesma que o inaugura, mas só a palavra anuncia.
            A iniciação à leitura transcende o ato simples de apresentar ao sujeito as letras que aí estão já escritas. É mais que preparar o leitor para a decifração das artimanhas de uma sociedade que pretende também consumi-lo. É mais que a incorporação de um saber frio, astutamente construído.
            Fundamental, ao pretender ensinar a leitura, é convocar o homem para tomar da sua palavra. Ter a palavra é, antes de tudo, munir-se para fazer-se menos indecifrável. Ler é cuidar-se rompendo com as grades do isolamento. Ler é evadir-se com o outro, sem contudo perder-se nas várias faces da palavra. Ler é encantar-se com as diferenças.


(Texto extraído do livro : A formação do leitor/ Pontos de vista – Organizadores:
Jason Prado e Paulo Cóndini/ Leia Brasil – Programa de Leitura da Petrobrás – 1999)

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Um pouco sobre Bartolomeu Campos de Queirós 

Viveu sua infância em Papagaio, cidade pequena com gosto  de "laranja-serra-d' água",  no interior de Minas Gerais, em  27 de agosto de 1940. Formou-se em Filosofia e especializou-se em Educação e Arte no Instituto Pedagógico em Paris. Seu interesse pelo ensino de Arte e Literatura o fez viajar muito por este país. Uma pessoa atenta a cores, cheiros, sabores e sentidos que rodeiam as pessoas do lugar. Conhecia as cidades apreciando os azulejos. Bartolomeu via as coisas com encanto e poesia.  Dizia ter fôlego de gato, o que lhe permitiu nascer e morrer várias vezes. "Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o suficiente para uma palavra me ressuscitar." Em 1974, publicou seu primeiro livro, O peixe e o pássaro e um dos últimos livros, A filha da preguiça, que foi publicado em 2012. Recebeu importantes prêmios, como o Jabuti, o Grande Prêmio da APCA, o Diploma de Honra do IBBY, o Selo de Ouro da FNLIJ, entre outros. Em 16 de janeiro de 2012 veio a falecer em Belo Horizonte. E agora nos resta ressuscitá-lo a cada palavra lida escrita por ele.

Alguns livros:

Ciganos

Coração não toma Sol

Para
 Criar Passarinho


  Onde tem bruxa tem fada...           




Faca Afiada
Indez              



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dê asas a sua imaginação leia um livro
Os livros selecionados pelo professor  podem apresentar reflexão sobre o que se compreende por leitura autônoma ou leitura mediada, na fase em que a criança inicia ou desenvolve os processos de letramento e de alfabetização

domingo, 17 de junho de 2012

Roger Mello ilustrações


Hoje contamos com uma qualidade estética das ilustrações, articulação entre texto e ilustração,uso de recursos gráficos adequados a crianças na etapa inicial de inserção no mundo da escrita


A propriedade textual , que se revela nos aspectos éticos, estéticos e literários, na estruturação narrativa, poética ou imagética, numa escolha vocabular que não só respeita, mas também amplia o repertório linguístico das crianças na faixa etária correspondente à Educação infantil



Na classe temática,que se manifesta na diversidade e adequação dos ,no atendimento aos interesses das crianças, aos diferentes contextos sociais e culturais em nível dos conhecimento que vivem e ao prévios que possuem




sábado, 16 de junho de 2012

Os Textos Não Verbais


                                                       
                                            Os Textos Não Verbais






O texto neste caso, a imagem, atraem crianças  ainda não alfabetizadas, ou ainda em processo inicial de alfabetização,e são importantes para proporcionar o prazer de manusear e “ler” pessoalmente livros ,quando este é o suporte, (enquanto a leitura do livro em prosa quase sempre necessita  da mediação da professora) 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Artigos populares escreve sobre a leitura



No Artigo de Heloíse Martins, temos o contato com a literatura infantil de forma suscinta e de fácil entendimento, sem deixar fugir Teóricos importantes e reconhecidos. Alguns critérios segundo Ligia Cademartori, devem ser levados em conta.É BOM LEMBRAR:Observações já bem conhecidas no que se refere a ler e contar histórias, mas nem sempre colocadas em prática na sala de aula;como
aproveitar as experiências individuais dos alunos;falar dos autores do livro; o escritor e o ilustrador;ler diferentes textos sobre o mesmo assunto; observar as características dos personagens; observar o ambiente e o tempo em que se passa a história; preparear o ambiente;usar objetos e fantasias para concretizar a história para a criança.

Jogos Verbais

Existem composições de poesia infantil que apenas brincam com os sons.
Tratam a língua como material e convidam a criança a jogar com a sonoridade, sem se importar com os significados.
A poesia se aproxima desses jogos verbais, brinca com as possibilidades combinatórias da língua.

Ou isto ou aquilo...Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

                                 Museu da Língua Portuguesa um hipertexto

 Fotos de Jorge Amado

Ao ampliarmos o conhecimento de mundo da criança desenvolvemos a sua criatividade e instalamos atribuições de sentidos a outras formas de linguagem. As garrafas de dendê, neste caso, saíram de seu lugar comum para retratar a cultura de um povo.
 Óleo de Dendê no meio da exposição
Podemos classificar os livros de literatura infantil considerando a sua finalidade de leitura como livros para brincar, livros que são jogos/brinquedos, livros que exigem leitura mediada ou livros para leitura autônoma. Independente da classificação e do suporte o texto esta inserido seja da forma verbal ou não verbal.

                            Fitinhas do Senhor do Bonfim, em cada fitinha está impresso um texto.

 Famílias linguísticas do Mundo.









Mais informações:
http://www.museulinguaportuguesa.org.br/exposicoes.php

Fotos: Erika Quintão

ANÁLISE DO LIVRO CARTEIRO CHEGOU- OFICINAS LITERÁRIAS
                             
Assim como todo mundo, os contos de fadas gostam de mandar e receber cartas. João, por exemplo, mal tem tempo de agradecer o gigante pelas ótimas férias que sua galinha de ovos de ouro lhe proporcionou. Cachinhos Dourados aproveita para se desculpar com a família Urso por ter causado confusão na casa.E o que seria da bruxa sem o catálogo de ofertas do Empório da Bruxaria, que esse mês oferece uma promoção especial de mistura para torta Menino Fofo? Por isso, quando o carteiro chega é sempre uma festa, e todo mundo o convida para entrar. Mas às vezes - especialmente em caso de Lobo Mau - ele prefere recusar o chazinho e dar no pé o mais rápido possível.O livro, que é todo contado em rimas, vem cheio de cartas de verdade, postais, livrinhos e convites, com envelope e tudo.
 
É importante o exercício da leitura para o desenvolvimento crítico e psíquico do sujeito.     A construção deste leitor crítico em nossa sociedade  promovera a sua inclusão em um mundo multifacetário que o ajudara no exercício da cidadania.Ao apropriar-se de vários gêneros textuais ele adquire instrumentos  de letramento para a escola e a  socialização “um mecanismo fundamental de socialização, de inserção prática nas atividades comunicativas humanas” (BRONCKART, 2003, p.103)
  ELEMENTOS DE INTERAÇÃO SOCIAL
 
1.1.Parceiros da interação (locutor e destinatário)
2. Objetivo da interação, querer-dizer do locutor
3. Na  esfera da  interação de leitura  mediada pelo professor entre aluno e o livro é importante a exploração das saliências do texto com informações sobre o titulo da obra,o autor,o ilustrador,o tema,   etc. E depois pediu a eles que descreva,interprete e mesmo extrapole todo conteúdo do livro  


Para o reconhecimento de um gênero, será essencial levar a  criança  pensar sobre questões que envolvam:Quem escreve normalmente esse gênero;?Para quem (quem lê normalmente)? Quais os lugares sociais do emissor e do destinatário? Onde encontramos? Com que propósito se escreve? Por que o faz?Em que condições esse gênero circula na sociedade? 
 
Uma sequência didática permiti integrar as atividades de leitura, escrita e de conhecimento da língua; considera tanto os conteúdos de ensino prescritos pelos documentos oficiais quanto os objetivos de aprendizagem dos alunos; contempla a necessidade de se trabalhar atividades e suportes variados de exercícios; facilita a construção de programas em continuidade uns com os outros; propicia a motivação dos alunos, na medida em que traz diferentes objetivos que os da aula.
 
Nesta proposta apresentaremos  mais de um gênero e o contexto de produção dos diversos gêneros que perpassam a obra O carteiro chegou: carta de pedido de desculpas; panfleto de propaganda, cartão postal, carta comercial, carta de despejo,cartão de aniversário.
-Ao apresentar o projeto à classe ler diferentes cartas trazidas pelo carteiro e outras formas de comunicação utilizada(como a informatica);atualizar a leitura dos contos infantis contidas nas cartas do livro; produzir uma carta final para um destinatário da preferencia do aluno;incentivar os alunos em torno de uma produção de comunicação coletivo;mediar as crianças em grupo para produzir as
sinopses;dramatizar as personagens de contos infantis.

OFICINA
_ Discutir por meio da leitura dos gêneros os elementos principais do contexto de produção por meio de um quadro comparativo entre eles.
_ Debater oralmente para identificar as opiniões dos alunos.
_ Escrever uma lista de constatação sobre os gênero.

OFICINA

- Reconhecimento das condições de produção dos gêneros textuais :carta jurídicas
_Retomar os pontos aprendidos sobre a carta de pedido de desculpas.
_Ler a carta presentes no livro.
_Praticar o reconhecimento do objetivo das cartas e de seus destinatários.
_ Escrever um registro diferenciando para três cartas trabalhadas.



OFICINA
         
- Reconhecimento das condições de produção gênero textual : panfleto de propaganda
_ Analisar duas propagandas de um mesmo produto
_ Refletir com as crianças, o poder da propaganda, a importância dos destinatários,os recursos visuais tendo em vista os destinatários.
_ Leitura crítica do panfleto do livro, destinado à bruxa malvada, reconhecendo seus elementos do
contexto de produção.






OFICINA

- Reconhecimento das condições de produção gênero textual : cartão postal

- Produzir a escrita de um cartão postal
_ Ler um cartão postal.
_ Escrever um registro com os alunos sobre as descobertas realizadas.








OFICINA FINAL 

-A produção coletiva de uma carta para  o autor .
_Produzir uma nova carta (em grupos) a ser levada ao correio para uma pessoa conhecida , para continuar o processo de intertextualidade inter-gêneros.

_ Realizar um debate oral sobre algumas possibilidades de gêneros e de situações para a carta.
_ Orientar o processo de planejamento de escrita de uma carta, e expor as cartas na sala.
BIBLIOGRAFIA:  Carteiro Chegou - Janet e Allan Ahlberg
 fonte: "O CARTEIRO CHEGOU: uma proposta de seqüência didática para séries iniciais "
Cláudia Valéria Doná Hila17 (UEM- PG/UEL)
Elvira Lopes Nascimento (UE
R e v i s t a P r o l í n g u a – I S S N 1983-9979 P á g i n a 64
Volume 2 Número 1 – Jan./Jun de 2009